sábado, 3 de abril de 2010

Para Tereza, o livro era o sinal de reconhecimento de uma fraternidade secreta. Contra o mundo de grosserias que a cercava, nao tinha efetivamente senão uma arma: os livros que pedia emprestado na biblioteca municipal; sobretudo os romances: lia-os em quantidade, de Fielding a Thomas Mann. Eles nao só lhe ofereciam a possibilidade de uma evasão imaginária, arrancando-a de uma vida que não lhe trazia nenhuma satisfação, mas tinham também para ela um significado como objetos: gostava de passear na rua com uma livro debaixo do braço. - Milan Kundera (A Insustentável Leveza do Ser)

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